OCriS PODCAST - Temporada 2023 - Episódio 4
Experimento sonoro colaborativo presencial realizado no dia 04 de abril de 2023, no Laboratório de Música e Sonoplastia, localizado no bloco B, sala 07, da UFT Palmas.
Participações: Andrey Tamarozzi, Hudson Ralf, Jennifer Miranda, Sabino Sá, Whisllay Jr.
Direção: Heitor Martins Oliveira
Diário de bordo
Ao discutir o experimento anterior, Peludo, constatamos que a audiodescrição como ação sonora proporcionou a exploração de intenções e escolhas específicas. No decorrer da própria sessão de improvisação, teve como principal característica o direcionamento da atenção para o que está de fato ocorrendo naquele espaço e naquele tempo. Uma qualidade de ação que podemos transportar da audiodescrição para as demais práticas da SomAção.
Na escuta posterior, o resultado mostrou-se imersivo e imaginativo, permitindo criar situações e imagens bastante claras para o ouvinte. O caráter explicativo da audiodescrição chama atenção para a espacialidade e os movimentos das fontes sonoras e permite propor focos para a escuta. Do ponto de vista teatral, emerge um efeito brechtiano e, por vezes, cômico.
Imagem incidentalmente ilustrativa. |
Experimento da semana
Para o experimento desta semana, resolvi propor ao grupo a retomada de uma ponta que havia ficado solta na temporada anterior: a prática da ação sonora de ostinato por meio da voz, tendo em vista que nos experimentos anteriores com esta ação, foi privilegiada sua prática instrumental.
No ostinato vocal, surge a necessidade de maior foco na escuta musical harmônica. Outra particularidade: a possibilidade de utilizar palavras. As questões de pulso, andamento, sincronia e defasagem já exploradas anteriormente nos ostinatos instrumentais também permanecem pertinentes.
No desenvolvimento da sessão de improvisação, notou-se a possibilidade de criação de planos sonoros, e uma maior flexibilidade para ajustes no decorrer das repetições. Assim, torna-se possível adequar-se ritmicamente e harmonicamente, de maneira sutil, ao acúmulo gradativo de vozes na realização simultânea de ostinatos vocais pelo grupo.
O roteiro da sessão de improvisação foi definido por meio de dois dispositivos. O primeiro era a disponibilidade de dois instrumentos de percussão de efeito (carrilhão e queixada) que poderiam ser utilizados a qualquer momento por qualquer participante e que funcionariam como comando para interrupção e pausa imediatas. O segundo era a leitura de trechos do livro "Contraponto modal: manual prático", de Any Raquel Carvalho. Ficou definido que ao longo de toda a sessão deveriam ocorrer três leituras. Após a terceira leitura, estaria encerrado o experimento.
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