Mas quando já

OCriS PODCAST - Temporada 2023 - Episódio 6

Experimento sonoro colaborativo presencial realizado no dia 18 de abril de 2023, no Laboratório de Música e Sonoplastia, localizado no bloco B, sala 07, da UFT Palmas.

Participações: Andrey Tamarozzi, Hudson Ralf, Jennifer Miranda, João Carlos Parente, Sabino Sá, Whisllay Jr.

Direção: Heitor Martins Oliveira 


Diário de bordo

Na parte prática do encontro, dedicamos algum tempo para retomar a ação sonora conta/pausa. Esse tempo foi proveitoso para que o grupo possa, aos poucos, adquirir maior familiaridade com as possibilidades de improvisação de estruturas rítmicas aditivas.

Ao discutir o experimento Camisa desbotada, realizado na semana anterior, destacamos como a abordagem do modelo de interação sonora solo permitiu desenvolver a escuta ativa e sair, pelo menos em alguns momentos, do modo burburinho, que costuma pautar nossas sessões de improvisação.

A experiência de realizar o experimento foi caracterizada por maior atenção mútua às propostas de cada participante e maior preocupação com as relações entre intensidades e planos sonoros.

Quanto ao resultado gravado, concluímos que ainda há necessidade de continuar a aprofundar o estudo de modelos de interação sonora, para moldar as variações de textura das sessões de improvisação. 


Imagem regionalmente ilustrativa


Experimento da semana

Para o experimento da semana, discutimos o modelo de interação sonora construção cumulativa, no qual os participantes entram um por um acumulando as ações sonoras, como no jogo teatral "Máquina". Embora esse tipo de interação sonora já tenha ocorrido de maneira intuitiva em experimentos anteriores, o objetivo era explicitar essa possibilidade para utilizá-la de maneira consciente e em contraste com outras possibilidades ao longo da sessão de improvisação.

O roteiro do experimento foi construído a partir da organização do espaço em três regiões: 1- geral; 2- posto do solo; 3- roda de construção cumulativa. Enquanto estivessem todos no espaço 1, deveria ocorrer um burburinho com a simultaneidade aleatória de ações sonoras. Quando um dos participantes se dirigisse ao espaço 2 ou ao espaço 3,  os demais deveriam fazer pausa.

Ficou definido que o experimento seria concluído quando o participante Hudson decidisse realizar o seu solo.

Como antes de iniciar a sessão de improvisação os participantes estavam conversando sobre a origem paraense da participante Jennifer, uma série de referências bem-humoradas a expressões regionais acabou tornando-se material para a improvisação.

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