Seres submarinos

Experimento sonoro colaborativo presencial realizado no dia 12 de março de 2024, no Laboratório de Música e Sonoplastia do Complexo Laboratorial de Teatro, Câmpus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins.

Participações: Ana Kamila, Jairo Faria, João Carlos Parente, Larissa Benigno

Direção: Heitor Martins Oliveira

Experimento da semana

Para a retomada das atividades da OCriS neste ano de 2024, começamos a explorar o modelo de interação sonora polirritmia. A polirritmia já havia sido experimentada anteriormente no desenvolvimento da metodologia da SomAção de maneira indireta, quando trabalhamos com modelos de ação sonora de caráter pulsante, como os ostinatos.


Imagem não ilustrativa

Nessa retomada, a diferença é a abordagem direta à intenção de ritmar e à qualidade expressiva da sintonia individual e coletiva. A polirritmia experimentada esta semana se operacionaliza por meio de uma camada sonora de pulso relativamente acelarado, sempre presente e constante, e camadas sonoras de ostinatos. A principal dimensão de escuta é musical, com foco no pulso e em processos sintáticos rítmicos, como agrupamentos, acentuações e defasagens. As referências a músicas percussivas de diversas tradições são constantemente evocadas. Neste entendimento de polirritmia, uma vez mantido o pulso constante, há espaço para múltiplas explorações da estabilidade ou instabilidade métrica e da inteligibilidade de levadas e referências. 

Para dar estrutura ao experimento, optamos por uma organização do espaço e pelo dispositivo de um jogo de contação de história improvisada. Esse dispositivo desafia os participantes a concatenar a concentração da escuta musical necessária para a polirritmia com a escuta semântica necessária para avançar a narrativa.

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