Reticente

 OCriS PODCAST - Temporada 2022 - Episódio 08

Experimento sonoro colaborativo presencial realizado no dia 27 de setembro de 2022 no Laboratório de Música e Sonoplastia da Universidade Federal do Tocantins, câmpus Palmas.

Participações: Andrey Tamarozzi, Arthur Paião, Hudson Ralf, Jairo Faria e Rogers Damas

Direção: Heitor Oliveira



Diário de bordo

O fato das trocas de áudio da semana passada terem resultado também em episódio do podcast surpreendeu os participantes. A experiência do envio de áudios relativamente desconexos, por Whatsapp, foi distinta das práticas presenciais desenvolvidas nas semanas anteriores. E o resultado sonoro do experimento, assim como ocorria no início do podcast, quando essa era a metodologia mais utilizada, se caracteriza pelo inusitado, compondo uma espécie de paisagem sonora onírica.

Para além deste resultado, o episódio registra a continuidade dos esforços e a dificuldade de dominar a ação sonora melos, reforçando essa questão como pauta incontornável para o trabalho desta semana.


Imagem reservadamente ilustrativa

Experimento da semana

A saga de exploração e aprendizado inicial da ação sonora melos foi concluída neste encontro, a partir de duas medidas práticas. A primeira foi a colocação de uma palavra como suporte e limite de extensão da ação. Com essa medida, conseguimos aperfeiçoar o fluxo da ação, sua clareza e objetividade. A segunda medida foi expandir o âmbito de timbres e desenhos melódicos para além da referência do canto gregoriano. Por mais que esta referência tenha sido muito importante para absorver os parâmetros musicais da ação, a partir de um certo ponto ela acabava limitando a exploração de suas possibilidades expressivas.

Além disso, o experimento da semana explorou o modelo de (inter)ação sonora diálogo. Neste modelo, dois atuantes se alternam na produção de sons, com intenção dialógica, explorando qualidades experienciais e situacionais do vai e volta à assimetria, da redundância ao conflito, passando talvez pela desatenção e até pela tagarelice auto-centrada. Assim, pela primeira vez neste processo de validação gradativa da metodologia, exploramos um modelo que só pode se concretizar por meio da interação, sendo bastante característico de um trabalho em duplas. 

Para a sessão de improvisação, foi proposto um roteiro com a seguinte estrutura: um participante realiza a ação sonora de ostinato, enquanto dois outros realizam a (inter)ação sonora de diálogo; quando este bloco é concluído, outro participante realiza a ação sonora de melos sobre a palavra "reticente". Para conclusão da sessão, a estrutura deveria ser repetida três vezes.

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