Sensores sensoriais desempenham papel de destaque nas investigações composicionais de Alexander Schubert. O compositor alemão dedica-se à exploração desses dispositivos peça após peça, forjando uma estética audiovisual para a sala de concerto e uma prática performativa própria em que as implicações sonoras dos gestos extrapolam a técnica de execução instrumental.
Em Serious Smile (2014) ele se permite, inclusive, uma espécie de piada relacionada a esse aspecto técnico de sua prática composicional. A piada se materializa na figura de um regente que, de fato, é prioritariamente um executante via sensores. Claro que, como o título da peça explica, é uma piada auto-consciente, um comentário do compositor sobre as implicações do seu trabalho para a experiência da música de concerto.
Concebida e desenvolvida sob os auspícios do IRCAM, com seus experimentados realizadores computacionais, as soluções técnicas são impecáveis e intimamente conectadas à principal qualidade da composição e sua performance pelo Ensemble Intercontemporain (vídeo acima): a efetividade de comunicação expressiva.
A iluminação dança, os performers se entregam com uma verdadeira atitude rock'n'roll. As frestas da improvisação permitem vazamentos de sonoridades jazzísticas, sem que a integração sonora entre som instrumental e som eletrônico seja comprometida. Pelo contrário, chamam atenção para o fato de que o trabalho do compositor aqui é menos o controle do detalhe e mais a delimitação de recortes no tempo, de uma estrutura de ações que os performers transformam em imagens e sonoridades.
Alexander Schubert imagina e especifica as condições para uma experiência artística multissensorial e visceral que convida frequentadores da sala de concerto e músicos a abrirem os olhos para transformações já consolidadas. Assista com um sorriso no canto da boca e seja bem-vindo a um mundo em que você se diverte com inteligência.
Em Serious Smile (2014) ele se permite, inclusive, uma espécie de piada relacionada a esse aspecto técnico de sua prática composicional. A piada se materializa na figura de um regente que, de fato, é prioritariamente um executante via sensores. Claro que, como o título da peça explica, é uma piada auto-consciente, um comentário do compositor sobre as implicações do seu trabalho para a experiência da música de concerto.
Concebida e desenvolvida sob os auspícios do IRCAM, com seus experimentados realizadores computacionais, as soluções técnicas são impecáveis e intimamente conectadas à principal qualidade da composição e sua performance pelo Ensemble Intercontemporain (vídeo acima): a efetividade de comunicação expressiva.
A iluminação dança, os performers se entregam com uma verdadeira atitude rock'n'roll. As frestas da improvisação permitem vazamentos de sonoridades jazzísticas, sem que a integração sonora entre som instrumental e som eletrônico seja comprometida. Pelo contrário, chamam atenção para o fato de que o trabalho do compositor aqui é menos o controle do detalhe e mais a delimitação de recortes no tempo, de uma estrutura de ações que os performers transformam em imagens e sonoridades.
Alexander Schubert imagina e especifica as condições para uma experiência artística multissensorial e visceral que convida frequentadores da sala de concerto e músicos a abrirem os olhos para transformações já consolidadas. Assista com um sorriso no canto da boca e seja bem-vindo a um mundo em que você se diverte com inteligência.
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